Sabemos que estamos no país do futebol, se bem que aqui cabem algumas ressalvas, que não são exatamente o foco deste Blog, mas ainda somos um país muito voltado para esse esporte e temos fortemente enraizado em nosso território a cultura do futebol.
Mas porque alguns professores de Educação Física Escolar, insistem em "desenvolver" em suas aulas, o futebol?
Sem hipocrisias, se este esporte for trabalhado e desenvolvido com seus objetivos gerais e específicos, que devem conter um uma aula de Educação Física, se for pensado num contexto e no planejamento escolar, que bacana e importante seria, porque assim teríamos algo significativo, contextualizado, inclusive um assunto intrínseco na cultura brasileira e que todos os alunos têm o direito de conhecer e pesquisar. Porém, o que se vê por ai, ainda nos dias de hoje, são "professores" de Educação Física Escolar, "rolando a bola" naqueles 50 minutos, preciosos, de aula que possuem. Há quem diga, baseada nesta informação, que nossa disciplina é de "quinta categoria", não é importante, não deveria fazer parte do currículo escolar, etc, etc, etc... Se olharmos para estes "professores", que deixam uma bola de futebol com seus alunos e ficam sentados lendo o jornal (se bem que isso é uma contradição), mexendo em seus celulares, ou conversando com outros funcionários da escola, não teríamos o direito de julgar tais comentários, porque estes "profissionais" estão acabando (ainda em 2014) com nossa disciplina...
Tantas abordagens, tantos conhecimentos, tanta informação, pesquisas, atividades, recreações, assuntos...poderiam ser trabalhados e desenvolvidos em 50 minutos (2 vezes por semana) com nossos alunos, até, quem sabe, o futebol, envolvendo temas como: o absurdo da violência das torcidas, a cartolagem no futebol, a carreira do jogador no Brasil e no exterior, as drogas usadas por muitos jogadores, problemas fisiológicos causados pelo stress no treinamento inadequado do futebol, absurdos em algumas votações e julgamentos do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD, o racismo no futebol, entre tantos outros, que os alunos poderiam e deveriam conhecer no que tem relação com este assunto.
Que nossos EDUCADORES, PROFESSORES, PROFISSIONAIS da Educação Física Escolar, parem de "rolar o melão" em suas aulas, tomem um pouco de vergonha na cara e elevem o nível de suas aulas de Educação Física Escolar, que sabemos, vai muito além do que separar dois times e entregar uma bola de futebol.
Bom caminho para você, professor de Educação Física Escolar e seja ético, sempre.
* Imagem adquirida em: http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/brasil-bola-de-futebol-3849.htm
Prezado José Paulo, tudo bem ? Parabéns por seu texto. Ele, realmente, conseguiu transmitir a mensagem do que, sem dúvida, nenhuma, é o caminho que deveria ser seguido no ensino brasileiro. E, essa questão se torna mais importante e cada vez mais necessária, no ensino público, no qual crianças e jovens estão sendo inseridos nas unidades escolares sem um objetivo específico de vida. Quando se mostra a um deles o universo de possibilidades com a aptidão em determinada prática, o mundo se torna um local muito mais gostoso para se viver. E não poderia ser diferente com o futebol, pois como você cita, é uma disciplina que está integrada totalmente às outras, pois se apresenta com infinitas possibilidades de desenvolvimento, seja, inclusive, na matemática, no português, na construção de maquetes .... Enfim, estou em total acordo com sua postagem!
ResponderExcluirOlá José Paulo, muito prazer! Li e gostei do seu texto. A minha indignação, também, passa por esse mesmo caminho. Digamos que a falta de vocação, ou do desinteresse com o ensino aprendizagem dos alunos leve esse profissional a tomar atitudes como descrita em seu texto. Não só o profissional de Educação Física, embora seja essa a sua abordagem vemos, na Educação como um todo, essa apatia. Existe, muita falta de criatividade. Muita preguiça ou ressaca mesmo. Como entender possa haver melhoria no setor EDUCAÇÂO? E, essa apatia vem de muito tempo, pela falta de preparo dos governantes, dos legisladores e da própria sociedade, como um todo. O resgate do ato de educar, passa pela conscientização de que é possível sim ensinar a qualquer jovem com os meios de que dispomos. Criou-se uma cultura televisiva, onde se faz transferência da capacidade de fazer, de lutar. Qualquer um cria um modismo, um bordão, e, a 'manada' segue sem questionar. Quem se pergunta: o quê? Como? Quando? Por que?- A não ser em dias de 'planejamento', depois fecha-se o caderno e pronto!
ResponderExcluirProf. José Paulo, realmente ensinar futebol é muito mais que levar a bola para a quadra e separa dois times. Algúem se preocupa com a evolução histórica do esporte, a sua influência culural ou mesmo a sua utilização como ferrramenta de inclusão social?! Será que é muito trabalhoso?! Não! É mais fácil colocar em prática o esporte sem aprofundar-se na sua história.
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